segunda-feira, 18 de junho de 2012

Felicidade


Felicidade

Uma das coisas mais difíceis é achar a felicidade, nem digo a plena, fiquemos apenas na felicidade pessoal.

Achar a felicidade é achar algo que mesmo na desafronta, te deixa contente de ali estar.

Mais difícil ainda é achar isso junto com outra pessoa.

Daí quando o ser humano consegue este tipo de felicidade, Já está quase alcançando a tal plena.

Mas ao homem não pode ser dado, ao que muito indica a felicidade nem perto da plena.

Vivi sim, em primeira pessoa, a felicidade plena, máxima, e de mim foi extirpado de uma forma tão vil que o ser humano não suporta e transborda.

Transbordar foi chegar ao mais baixo do baixo e só ter uma opção, olhar para o alto e se agarrar, não em fé, não em crenças, mas me agarrar na única coisa que eu ainda tinha.

Amor.

Lutamos cada dia para, mesmo sabendo que nunca mais será como antes, chegar perto da borda da felicidade.

Quem sabe os Deuses fincados no Olympo não olham com certa benevolência ao homem simples, sem poderes e lhe concede uma fita, uma ponta para esta borda da felicidade.

Pensemos, pois, que quando somos felizes não podemos comemorar muito, a inveja é silenciosa e ácida. E sua acidez corroí tão fundo que as marcas ficam indeléveis, mas podem ser silenciadas pelo melhor antídoto do mundo, o AMOR.

domingo, 13 de maio de 2012

Desculpe minha cota acabou

Doravante vou instituir minha cota para amigos, brancos, negros, gordos, feios e toda a sorte de pessoas que eu venha a conhecer.

Quando o Estado institui a cota racial para o acesso ao ensino superior, quando o Estado faz a cota social para isso ou aquilo, acho que tenho o direito de criar as minhas próprias cotas.

Penso e logo devo estar errado que segregar, discriminar não é lá a melhor forma de se tentar ajustar um assunto tão importante, ou situação tão revoltante.

Quem sabe ao invés de fazer cota para negro, sim negro porque preto é cor, negro é etnia e raça é humano ou hominídeo se preferir, mas voltando ao assunto se não eu me perco para variar.

Quem sabe não seria melhor qualificar e intensificar de forma séria o ensino fundamental, proporcionando, aí sim, uma igualdade de condições para todos tentarem o acesso à faculdade, se for o caso.

Isso mesmo, se for o caso, pois faculdade não é para todos. A universidade, o ensino superior é fantástico, porém o ensino técnico é tão ou mais importante que a faculdade.

Do que adianta ter 100 arquitetos ou engenheiros e nenhum mestre de obras ou técnico em construção? Do que adianta ter 100 designer e nenhum bom marceneiro para executar de forma clara o projeto.

O ensino técnico tem que começar a ser visto por nós, sociedade, como uma forma incrível de fornecimento de mão de obra qualificada, coisa que cada vez está mais rara em nosso país.

O acesso tem que ser para todos, sim, mas nem todos aguentam a barra ou melhor nem todos tem o tempo que a vida acadêmica requer, nem todos tem condição de fazer uma faculdade com a qualidade que a profissão vai exigir futuramente.

Mas a cota social me fez então pensar nisso.

Já tenho alguns amigos negros, brancos, gordos e feios e para os que eu vier a conhecer pode ser que a minha cota já esteja preenchida e acabaram-se as vagas, assim como quem se habilitar a uma vaga além do disponível pelas faculdades.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Fecha-se um pano, que pena

Viver é uma aventura das mais ousadas que o ser humano pode e deve embarcar. Mas viver em plenitude, aproveitando cada oportunidade que a vida lhe oferece, cada coisa nova, cada momento de prazer seja ele qual for deve ser experimentado. Ousadia sim pois não temos controle sobre o que há de ocorrer amanha, quem vamos topar no dia seguinte. Temeroso porque nem tudo são flores ou alegrias, às vezes, e muitas vezes, nos deparamos com situações ou embaraçosas ou difíceis de serem resolvidas, mas sem ser Poliana, tudo se resolve ou tende a se resolver. Estou profissionalmente, em um dos meus ramos de atividade, uma das mais prazerosas para mim, em um momento delicado. Não cabe entrar em detalhes mas tendo a me distanciar de ministrar aulas visto a confusão em que o ensino brasileiro se meteu. Gosto de dar aulas, gosto da troca com os alunos, gosto de aprender com eles. Mas tudo é uma via de mão dupla, a IES que dou aula, recebe dos alunos e tem o dever de repassar, uma parte disto para os professores como forma de salário, certo?? Nem sempre. Estou desde janeiro sem receber corretamente o salário, ou como se dizia antigamente, sem meu sal diário. Lutamos para conseguir ficar com o mínimo que é pago ao professor no Brasil, um dos salários mais baixos em detrimento aos políticos que tem salários vexatórios pelo que fazem. É muito difícil ficar sem pagamento e ainda ter animo e gás para dar aula como se nada houvesse. Todo trabalho tem de ser remunerado ou pecuniariamente ou em forma de escambo, mas que há esta necessidade isso há, se não vira escravidão e sabemos muito bem onde isto pode chegar. Acho que para mim chegou o ponto de como uma querida amiga disse: "Algumas vezes é preciso silenciar... Sair de cena... E esperar que a sabedoria do tempo termine o Espetáculo." Para mim o pano está fechando e as luzes se apagando no que diz respeito ao respeito ao professor.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Se por um lado temos uma sociedade moderna, dinâmica, tecnológica, por outro algumas coisas vão estar sempre ou ainda presentes no dia a dia ou presentes no imaginário coletivo-social. O livro. Este fantástico produto feito pelo homem que de tantas serventias tem, virou sinônimo de sabedoria. O livro é responsável por nos incluir no universo do saber, tanto cultural, quanto técnico, impensável uma existência sem um livro e achar que a temos de forma plena. Ao livro devemos nossa capacidade de imaginar, criar e desenvolver paisagens, personagens, temas, por nos transportar a tantos lugares frutos de nossa imaginação. É comum ouvir a frase que o livro tende a sumir. Acredito mais que o livro tende a se modificar, modernizar e atualizar, mas jamais sumir. Na Gama Filho temos andares inteiros e mais de um de bibliotecas setorizadas e tematizadas, mas na mesma instituição temos a biblioteca virtual. No mundo virtual, cibernético, temos o livro se apresentando de forma dinâmica, virtual mas ainda assim livro. Pensemos o livro de forma mais macro, a universidade e sua infinita gama de conhecimentos sendo ofertada aos alunos, pesquisadores e docentes, por tempos vamos recorrer ao livro como fonte de sabedoria e debate. Um Museu nada mais é do que um livro que se descortina ante uma sociedade oferecendo de forma abundante seus mais íntimos produtos, suscitando ao visitante a mesma experiência enigmática que um livro de ação nos proporciona, que um romance desperta. Para uma sociedade, o se apresentar de forma pensante ou provocante culturalmente, vem do debate, vem do estimulo e porque não vir também do livro. Cultuamos culturalmente escritores uns ainda vivos outros já em memória, mas jamais esquecidos. No dia do livro homenageemos este objeto de desejo cultural e de sabedoria, esta fonte disponível de saber que desde Gutenberg vem formando culturas, vem despertando intelectos e aguçando mentes dispostas a embarcar nesta aventura chamada LIVRO. Publicado no site da Universidade Gama Filho pelo dia do livro.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dia de Prova

Do ponto de vista do professor, meu caso, o dia de prova é fantástico.

Primeiro porque incrivelmente conhecemos alunos que estão na pauta, mas jamais vieram a uma aula se quer, segundo porque ocorre uma debandada geral para o fundo da sala, incrível não?

É também na prova que o ser humano se mostra cada vez mais próximo um do outro, sim porque junto a esta debandada e as novas figuras, todos ou a grande maioria senta o mais próximo possível, independente do tamanho da sala ou da quantidade de cadeiras.

O dia de prova também apresenta outro fato curioso, neste dia e apenas neste dia o aluno dito ou tido como CDF que sempre está isolado ou até mesmo segregado, no dia de prova ele é o mais querido de todos.

Dia de prova é, portanto um dia cheio de novidades pena que alguns resultados já são sentidos mesmo antes da correção da prova.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chuvas no Rio de Janeiro

Engraçado, não na verdade não tem nada de engraçado, mas reparem como o poder público se omite e depois da coisa feita vem com a usual demagogia.
Nestas chuvas terríveis que assolaram o Rio de Janeiro nestes dias e que nos deixou todos consternados e apavorados, uma coisa se fez notar de pronto.
Apenas as pessoas mais humildes e sem condições financeiras sofreram mortes pessoais.
em Niteroi no morro do Bumba uma comunidade interia foi criada sob um terreno onde outrora era um lixão, ou seja, sobre um terreno absolutamente impróprio e incapaz de receber a carga de moradias, contudo o poder público permissivo, deixou que pessoas em busca de moradia construissem lá suas casas.
|Não adianta virem agora os atuais prefeitos e governador falar que não fora em seus governos, a verdade é que a culpa sempre é do outro.
nós seres humanos temos a tendencia de sempre colocar a culpa no mais prõximo e nunca em nossa prõpria incompetencia.
Não podem ser criadas comunidades a torto e a direito sem que as autoridades não percebam esta atrocidade.
Problemas habitacionais claro que temos, a culpa tem de ser dividida com as partes tanto o poder público quanto as pessoas que lá fizeram suas casa sem antes saber o que era o espaço.
Não quero aqui parecer cruel nem tampouco sem sentimento mas se o lixão lá estava a 50 anos e pessoas moravam lá a 40 e tantos anos, certamente sabiam que a area era de risco.
A remoção tem de ser feita compulsória ou não, a Rocinha não suporta mais ninguém, o Santa Marta já está lotado.
Esperamos que com esta experiencia trágica o poder público constituído realmente se faça presente e não permita que novas comunidades aflorem em enconstas sem limites ou sem controle.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Choque de Ordem e Turismo - Por Mauricio Werner

Abro espaço aqui hoje para publicar texto de um amigo, claro, devidamente autorizado por ele.

Mauricio Werner é professor da UniverCidade e concorre a Deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Ando apreensivo com a profusão de choques que o cidadão vem levando ultimamente. O jargão se espalha no trânsito, nas ruas, nas calçadas, nos bares, nas praias, nos morros e até se fala em choque de ordem nas ‘blitzs’ para fazer valer a Lei Seca.
Somos multados, achacados, espoliados e muito mais, penalizados injustamente, muitas vezes, com multas e cobranças excessivas!
Onde está, isto sim, o choque de ordem que garanta o bom funcionamento institucional das escolas, dos hospitais, das estradas, da segurança pública, do espaço urbano? Estou cansado de ver ‘cocadas’ de piche para encobrir longos trechos de ruas e rodovias depredadas. Estou cansado das operações tapa buracos, típicas do engana engana que beira o períodos eleitorais. Que comentar, então, sobre os pardais esquizofrênicos que registram o que, às vezes, nunca houve?
E o ‘mise en scène’ das UPAS, e o engodo da proliferação de bolsas disso e daquilo, em cuja eficácia pretendem os autores que nós acreditemos? Era para dar um anzol e não o peixe, agora os bolsistas tem que lamber os beiços com uma ajuda de manjubinha!
O de que realmente estamos precisando é de um choque de gestão. Temos vivido a mais cínica crise do que seria ético e moral. Somos quase constrangidos a acreditar num sistema vicioso que insiste em chamar-se de democrático, moderno, composto de operadores defasados, mal informados, pretensiosos, retrógrados, desinteressados e desconhecedores da lisura política.
Estou ansioso pela criação, isto sim, de um choque de vergonha na cara, aquele que permite ao cidadão vitimado sentir-se orgulhoso do lugar onde vive.
Chega de gatilhos, de gambiarras, de faz-de-contas, de ‘conversa mole para boi dormir’...
Chega de entrevistas com explicações técnicas que podiam antever as catástrofes mas esses sábios nunca foram consultados para moverem uma palha sequer antecipando-se para evitá-las.
O Rio de Janeiro vai promover grandes eventos de cunho mundial e não vai poder falhar.
Se mantivermos essa infra-estrutura caótica, essa capacitação profissional indigente, essa insuficiente sinalização turística, esse superficial programa de pesquisa, iremos certamente nos render ao fracasso por enquanto, como andam dizendo, já anunciado.
Precisamos de promoção compatível com a capacidade de carga e uma extensíssima mobilização popular para que a cortesia esteja inequivocamente aliada à competência.
A circunstância mais deplorável em qualquer situação de gestão é a de permitir um burro com iniciativa.
Acorda Rio!
Ninguém conquista êxito desprezando o estudo, o pensar, o empenho em fazer o melhor.
O Rio de Janeiro foi contemplado para ser o berço do fluxo turístico se mantiver o legado de Cidade Maravilhosa. Falta-lhe, entretanto, profissionalismo específico atrelado às belezas naturais e culturais.
Vamos fazer bem feito nosso trabalho de casa!

Maurício Werner