domingo, 13 de maio de 2012

Desculpe minha cota acabou

Doravante vou instituir minha cota para amigos, brancos, negros, gordos, feios e toda a sorte de pessoas que eu venha a conhecer.

Quando o Estado institui a cota racial para o acesso ao ensino superior, quando o Estado faz a cota social para isso ou aquilo, acho que tenho o direito de criar as minhas próprias cotas.

Penso e logo devo estar errado que segregar, discriminar não é lá a melhor forma de se tentar ajustar um assunto tão importante, ou situação tão revoltante.

Quem sabe ao invés de fazer cota para negro, sim negro porque preto é cor, negro é etnia e raça é humano ou hominídeo se preferir, mas voltando ao assunto se não eu me perco para variar.

Quem sabe não seria melhor qualificar e intensificar de forma séria o ensino fundamental, proporcionando, aí sim, uma igualdade de condições para todos tentarem o acesso à faculdade, se for o caso.

Isso mesmo, se for o caso, pois faculdade não é para todos. A universidade, o ensino superior é fantástico, porém o ensino técnico é tão ou mais importante que a faculdade.

Do que adianta ter 100 arquitetos ou engenheiros e nenhum mestre de obras ou técnico em construção? Do que adianta ter 100 designer e nenhum bom marceneiro para executar de forma clara o projeto.

O ensino técnico tem que começar a ser visto por nós, sociedade, como uma forma incrível de fornecimento de mão de obra qualificada, coisa que cada vez está mais rara em nosso país.

O acesso tem que ser para todos, sim, mas nem todos aguentam a barra ou melhor nem todos tem o tempo que a vida acadêmica requer, nem todos tem condição de fazer uma faculdade com a qualidade que a profissão vai exigir futuramente.

Mas a cota social me fez então pensar nisso.

Já tenho alguns amigos negros, brancos, gordos e feios e para os que eu vier a conhecer pode ser que a minha cota já esteja preenchida e acabaram-se as vagas, assim como quem se habilitar a uma vaga além do disponível pelas faculdades.

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