quarta-feira, 2 de maio de 2012
Fecha-se um pano, que pena
Viver é uma aventura das mais ousadas que o ser humano pode e deve embarcar.
Mas viver em plenitude, aproveitando cada oportunidade que a vida lhe oferece, cada coisa nova, cada momento de prazer seja ele qual for deve ser experimentado.
Ousadia sim pois não temos controle sobre o que há de ocorrer amanha, quem vamos topar no dia seguinte.
Temeroso porque nem tudo são flores ou alegrias, às vezes, e muitas vezes, nos deparamos com situações ou embaraçosas ou difíceis de serem resolvidas, mas sem ser Poliana, tudo se resolve ou tende a se resolver.
Estou profissionalmente, em um dos meus ramos de atividade, uma das mais prazerosas para mim, em um momento delicado.
Não cabe entrar em detalhes mas tendo a me distanciar de ministrar aulas visto a confusão em que o ensino brasileiro se meteu.
Gosto de dar aulas, gosto da troca com os alunos, gosto de aprender com eles.
Mas tudo é uma via de mão dupla, a IES que dou aula, recebe dos alunos e tem o dever de repassar, uma parte disto para os professores como forma de salário, certo??
Nem sempre.
Estou desde janeiro sem receber corretamente o salário, ou como se dizia antigamente, sem meu sal diário.
Lutamos para conseguir ficar com o mínimo que é pago ao professor no Brasil, um dos salários mais baixos em detrimento aos políticos que tem salários vexatórios pelo que fazem.
É muito difícil ficar sem pagamento e ainda ter animo e gás para dar aula como se nada houvesse.
Todo trabalho tem de ser remunerado ou pecuniariamente ou em forma de escambo, mas que há esta necessidade isso há, se não vira escravidão e sabemos muito bem onde isto pode chegar.
Acho que para mim chegou o ponto de como uma querida amiga disse:
"Algumas vezes é preciso silenciar... Sair de cena...
E esperar que a sabedoria do tempo termine o Espetáculo."
Para mim o pano está fechando e as luzes se apagando no que diz respeito ao respeito ao professor.
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Meu caro Rachid.
ResponderExcluirCom pesar cheguei ao fim da leitura desse texto. Compreendo suas razões e me solidarizo.
Paciência e sucesso são meus votos.
Um grande abraço,
Cesar Mattei