Desculpe minha cota acabou
Doravante vou instituir minha cota para amigos, brancos, negros, gordos, feios e toda a sorte de pessoas que eu venha a conhecer.
Quando o Estado institui a cota racial para o acesso ao ensino superior, quando o Estado faz a cota social para isso ou aquilo, acho que tenho o direito de criar as minhas próprias cotas.
Penso e logo devo estar errado que segregar, discriminar não é lá a melhor forma de se tentar ajustar um assunto tão importante, ou situação tão revoltante.
Quem sabe ao invés de fazer cota para negro, sim negro porque preto é cor, negro é etnia e raça é humano ou hominídeo se preferir, mas voltando ao assunto se não eu me perco para variar.
Quem sabe não seria melhor qualificar e intensificar de forma séria o ensino fundamental, proporcionando, aí sim, uma igualdade de condições para todos tentarem o acesso à faculdade, se for o caso.
Isso mesmo, se for o caso, pois faculdade não é para todos.
A universidade, o ensino superior é fantástico, porém o ensino técnico é tão ou mais importante que a faculdade.
Do que adianta ter 100 arquitetos ou engenheiros e nenhum mestre de obras ou técnico em construção? Do que adianta ter 100 designer e nenhum bom marceneiro para executar de forma clara o projeto.
O ensino técnico tem que começar a ser visto por nós, sociedade, como uma forma incrível de fornecimento de mão de obra qualificada, coisa que cada vez está mais rara em nosso país.
O acesso tem que ser para todos, sim, mas nem todos aguentam a barra ou melhor nem todos tem o tempo que a vida acadêmica requer, nem todos tem condição de fazer uma faculdade com a qualidade que a profissão vai exigir futuramente.
Mas a cota social me fez então pensar nisso.
Já tenho alguns amigos negros, brancos, gordos e feios e para os que eu vier a conhecer pode ser que a minha cota já esteja preenchida e acabaram-se as vagas, assim como quem se habilitar a uma vaga além do disponível pelas faculdades.
domingo, 13 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Fecha-se um pano, que pena
Viver é uma aventura das mais ousadas que o ser humano pode e deve embarcar.
Mas viver em plenitude, aproveitando cada oportunidade que a vida lhe oferece, cada coisa nova, cada momento de prazer seja ele qual for deve ser experimentado.
Ousadia sim pois não temos controle sobre o que há de ocorrer amanha, quem vamos topar no dia seguinte.
Temeroso porque nem tudo são flores ou alegrias, às vezes, e muitas vezes, nos deparamos com situações ou embaraçosas ou difíceis de serem resolvidas, mas sem ser Poliana, tudo se resolve ou tende a se resolver.
Estou profissionalmente, em um dos meus ramos de atividade, uma das mais prazerosas para mim, em um momento delicado.
Não cabe entrar em detalhes mas tendo a me distanciar de ministrar aulas visto a confusão em que o ensino brasileiro se meteu.
Gosto de dar aulas, gosto da troca com os alunos, gosto de aprender com eles.
Mas tudo é uma via de mão dupla, a IES que dou aula, recebe dos alunos e tem o dever de repassar, uma parte disto para os professores como forma de salário, certo??
Nem sempre.
Estou desde janeiro sem receber corretamente o salário, ou como se dizia antigamente, sem meu sal diário.
Lutamos para conseguir ficar com o mínimo que é pago ao professor no Brasil, um dos salários mais baixos em detrimento aos políticos que tem salários vexatórios pelo que fazem.
É muito difícil ficar sem pagamento e ainda ter animo e gás para dar aula como se nada houvesse.
Todo trabalho tem de ser remunerado ou pecuniariamente ou em forma de escambo, mas que há esta necessidade isso há, se não vira escravidão e sabemos muito bem onde isto pode chegar.
Acho que para mim chegou o ponto de como uma querida amiga disse:
"Algumas vezes é preciso silenciar... Sair de cena...
E esperar que a sabedoria do tempo termine o Espetáculo."
Para mim o pano está fechando e as luzes se apagando no que diz respeito ao respeito ao professor.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Se por um lado temos uma sociedade moderna, dinâmica, tecnológica, por outro algumas coisas vão estar sempre ou ainda presentes no dia a dia ou presentes no imaginário coletivo-social.
O livro. Este fantástico produto feito pelo homem que de tantas serventias tem, virou sinônimo de sabedoria.
O livro é responsável por nos incluir no universo do saber, tanto cultural, quanto técnico, impensável uma existência sem um livro e achar que a temos de forma plena.
Ao livro devemos nossa capacidade de imaginar, criar e desenvolver paisagens, personagens, temas, por nos transportar a tantos lugares frutos de nossa imaginação.
É comum ouvir a frase que o livro tende a sumir.
Acredito mais que o livro tende a se modificar, modernizar e atualizar, mas jamais sumir.
Na Gama Filho temos andares inteiros e mais de um de bibliotecas setorizadas e tematizadas, mas na mesma instituição temos a biblioteca virtual.
No mundo virtual, cibernético, temos o livro se apresentando de forma dinâmica, virtual mas ainda assim livro.
Pensemos o livro de forma mais macro, a universidade e sua infinita gama de conhecimentos sendo ofertada aos alunos, pesquisadores e docentes, por tempos vamos recorrer ao livro como fonte de sabedoria e debate.
Um Museu nada mais é do que um livro que se descortina ante uma sociedade oferecendo de forma abundante seus mais íntimos produtos, suscitando ao visitante a mesma experiência enigmática que um livro de ação nos proporciona, que um romance desperta.
Para uma sociedade, o se apresentar de forma pensante ou provocante culturalmente, vem do debate, vem do estimulo e porque não vir também do livro.
Cultuamos culturalmente escritores uns ainda vivos outros já em memória, mas jamais esquecidos.
No dia do livro homenageemos este objeto de desejo cultural e de sabedoria, esta fonte disponível de saber que desde Gutenberg vem formando culturas, vem despertando intelectos e aguçando mentes dispostas a embarcar nesta aventura chamada LIVRO.
Publicado no site da Universidade Gama Filho pelo dia do livro.
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