Estava a falar com meus alunos, aos que me escutam ao menos, sobre a relação equivocada que geralmente se tem quanto à Universidade.
Falei a eles que eu como professor muitas vezes me sentia um pouco incomodado com a burocracia das respostas aos trabalhos e a provas.
Me fez pensar em quanto seria bom se os alunos pudessem errar sem medo. Sem a pressão da nota final e sua conseguinte aprovação.
Quero crer que toda a relação com o estudo seria modificada positivamente.
Sempre tive a compreensão de que é na universidade onde se pode e se deve errar, afinal é um local de aprendizado e não há forma de se aprender alguma coisa seja ela o que for sem errar, sem ousar no agir.
Tenho corrigido provas absolutamente corretas mas sem alma, sem paixão no escrever. Ocas do ponto de vista da ousadia intelectual.
Digo e repito a meus alunos que eu prefiro corrigir uma prova toda errada contudo própria, pessoal onde o aluno tentou realizar um trabalho intelectual seu do que uma prova certinha mas sem gosto.
A impressão que se tem é que querem fazer a prova no menor tempo possível e se livrar do assunto.
Então me pergunto, o que ele faz na faculdade se quer se livrar do assunto?
Para se estudar em uma universidade há se que ter a paixão pelo objeto do estudo, afinal, ele será ou sua única ou uma das suas fontes de renda futura. Será deste estudo que virá seu emprego ou afim.
Não podemos fingir que está tudo bem em responder uma questão em duas linhas ainda mais quando a pergunta é subjetiva e requer uma ponderação na resposta.
Em suma, o lugar de errar, de ousar e de se divertir, porque não, é na universidade e não no mercado de trabalho onde o erro pode custar caro por demais.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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